terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Aquela velha história de um desejo

O dia de hoje vai se acabando e eu não poderia deixá-lo ir sem estar aqui, entre minhas letras e emoções...

...muitas delas vividas esse ano, despertadas por encontros surpreendentes que trouxeram novidades deliciosas à minha vida.

Augusto levou-me de volta às noites da cidade, entre bares, botecos, restaurantes, cervejas, vinhos, o que culminou em uma parceria agradabilíssima em seu blog, que hoje comemorou em grande estilo uma existência que deu certo. O “Augusto no buteco” tornou-se referência pra muita gente que busca na cidade algum lugar interessante e o blogueiro cumpriu o que se propôs no início do ano, não desistindo de seu projeto nem em dias de desânimo, como ele mesmo escreveu, dando forma a mais um de seus desejos inusitados.

O blog do Rusty, descoberto quase por acaso em minhas aventuras gastronômicas, tornou-se outro ponto de parada. Hoje, ao descansar o olhar em seus escritos, encontrei um post que parece ter sido colocado ali pra me lembrar de algo quase esquecido: os 15 anos da partida de Tom Jobim, meu compositor preferido. Fiquei horas perdida entre suas canções, deixando um pouco a saudade invadir minha casa e sua voz preencher os espaços entre as janelas abertas para a noite sem chuva.

Não vou conseguir colocar um ponto final neste texto sem as minhas canções preferidas, apesar de ser quase impossível escolhê-las dentre as tantas que o Tom compôs com tanta paixão.

“Chovendo na Roseira” é uma delas, deixa-me encantada e me faz querer cantar uma tarde inteira entre amigos. Reparem no arranjo e em como as teclas do piano do Tom deslizam notas entre a voz de Elis.




“Fotografia” representa pra mim o encontro amoroso mais envolvente que alguém pode ter. O olhar entre duas pessoas fazendo com que o desejo cresça e roube os sentidos, sem que seja preciso uma só palavra pra denunciar a paixão estampada no rosto. Acho a letra maravilhosa, a música deliciosa e sempre que a escuto é como se eu estivesse me apaixonando pela primeira vez, tamanha minha predileção por esta canção.

“E há sempre uma canção
Para contar
Aquela velha história
De um desejo
Que todas as canções
Têm pra contar
E veio aquele beijo...”

“Aquela velha história de um desejo”...que podem ser muitos...descobrí-los é mesmo uma arte!

Agradeço ao André, cujo apelo me deu coragem pra abrir o baú das minhas letras e contar histórias que tem a cara de desejos tão particulares.

Deixo aqui a música registrada, entre ruídos de um bar, em homenagem ao blog do Augusto.

6 comentários:

  1. Ola...
    Nada melhor que retibuir a gentiliza.
    Acredito q vou me dar bem aqui. Tenho 26 anos mas sou conhecido por ser o VOVO da turma, amo muisicas antigas, como por exemplo: cartola, noite ilustrada, jovelina perola negra, donival caymmi, dentre outros....

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  2. Que bom, Ignus, que você gostou do blog.
    Então seremos "dois pra lá, dois pra cá", dançando entre o seu blog e o meu.
    Volte sempre, abço, Juliana.

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  3. O desejo...

    Dra. Vanessa me ensinou a importância dele!

    André

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  4. Ah...não tenho dúvida disso! Depois que a gente aprende sobre o significado de nossos desejos, a vida pode ser outra. Concorda?
    Grande beijo, querido.
    Ju.

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  5. Como Antonio Cícero nos disse :

    GUARDAR
    Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
    Em cofre não se guarda coisa alguma.
    Em cofre perde-se a coisa à vista.

    Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
    admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.

    Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
    ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
    isto é, estar por ela ou ser por ela.

    Por isso melhor se guarda o vôo de um pássaro
    Do que um pássaro sem vôos.

    Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
    por isso se declara e declama um poema:
    Para guardá-lo:
    Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
    Guarde o que quer que guarda um poema:
    Por isso o lance do poema:
    Por guardar-se o que se quer guardar.

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  6. Clóvis,
    que poema lindo! Obrigada por publicá-lo aqui.
    Já está guardado em meu coração, ao lado das músicas do Tom, bem próximo do meu olhar.

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