quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O céu de hoje

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Alguém olhou pro céu de hoje, depois que anoiteceu?
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domingo, 22 de agosto de 2010

Meu mundo de palavras

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Adoro coincidências e surpresas, uma situação com a qual me deparo e que não estava nos planos, mas que cai muito bem, encontrar numa linha da agenda um escrito que eu nem me lembrava que estava lá, rever alguém que eu gosto muito e que me surpreende ao surgir sem aviso, tudo isso me traz muito prazer.

Pois bem, apesar de parecer que não dava pra eu não saber, juro que eu não sabia que hoje o Primaletra faz seu primeiro ano de palavras, poesias e canções...por pura coincidência mesmo, ao ver que o post de ontem havia sido o de número 100, resolvi olhar quando tudo começou e lá estava a data: 22 de agosto de 2009!

Isso pode parecer pura bobagem, mas não pra mim. Não tinha a menor idéia de como seria manter um blog, comparecer sempre com algum texto interessante, fazê-lo existir pelos meses que viriam sem desanimar, e vi que não é nada fácil. Nem sempre as palavras querem surgir, tanta coisa a fazer de trabalho, aulas, um doutorado se iniciando, mais tantos etcs roubando meu tempo e minha imaginação que haja fôlego.

Surpreendida com a data de hoje resta-me dizer que o prazer é todo meu, de verdade. Vou ali soprar as velas imaginárias e enfeitar meu pensamento pra que ele queira, por mais tantos anos, manter a inspiração que transforma o que é meu no que é nosso. E o que é nosso eu deixo aqui, registrado, no meu mundo de palavras...

(...que muitas vezes vem em forma de canção...)


sábado, 21 de agosto de 2010

Nada mais tem idade

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Algumas semanas atrás fui ver Elza Soares no palco durante o Festival de Jazz, em BH, acompanhada do saxofonista mineiro Nivaldo Ornelas e do guitarrista argentino Victor Biglione.

Não dá pra descrever o que ali se passou. Fui um pouco ressabiada, fã que sempre fui de Elza, por saber que a veria com tantas transformações no rosto que me causam certa estranheza. Enfim, não resisti ao convite, pois, afinal de contas, aquela voz estaria ali como sempre, e não dá pra negar que é algo imperdível a voz de Elza se espalhando pelos ares.

Esperava muito, mas não esperava o que vi. Elza, com toda sua grandeza, entrando no palco amparada, não pela idade, mas por uma torção no pé que insistia em fazê-la cantar sentada...e ela insistia em se levantar, porque o corpo de Elza não sabe se conter, mesmo quando necessário.

Dá pra dizer que foi imperdível! Ela ali, maravilhosa, causando-nos sobressaltos no peito quando driblava a perna e se levantava, se esquecendo da dor, e cantava como só ela consegue fazer.

Muita gente fala de idade, do tempo de se recolher, da hora de se aquietar, mas ali, diante dos meus olhos, Elza inteira, sem idade, sem pudor, sem dor, alma desgarrada do corpo, convencendo-me de que é possível ir pra qualquer lugar no tempo e no espaço quando se deseja.

Ao final todos nós sem palavras, por alguns instantes. O silêncio acaba atravessado pelas palmas e pelas vozes da platéia, reconhecendo aquele momento divino capaz de transformar qualquer um que ali se encontrava.

Só consegui pensar que depois dessa noite, pra mim, nada mais tem idade! Vou continuar ouvindo as canções que me fazem ter vontade de insistir com a vida, sempre!

“Façamos! Vamos amar” Afinal, temos todo o tempo do mundo pela frente!