“Mãe, tô com medo”...
...desde janeiro ouvindo, vez em quando, essa frase...
Do lugar de mãe tento resolver. Difícil...às vezes passa, às vezes não.
Hoje, às 6, ele apareceu na porta do quarto. O mesmo apelo, o jeito de criança que pede colo.
Também sinto vontade, às vezes, de dizer a mesma frase...
...medo de tantas coisas que assombram nossa vida de adulto. Minhas sobrinhas, que tanto amo, perderam a babá que há oito anos existia, amorosamente, em suas vidas.
Nem era mais “babá”, mas era alguém que cuidava delas e do meu, quando ele ia de férias pra Brasília. Iam juntos pro parquinho da quadra, Tia Ana inventando brincadeiras, levando a sacola de surpresas, levando seu humor constante que enchia a casa quando ela estava presente. Aliás, custei um pouco a me acostumar com seu jeito debochado. Mas acostumei. Com esse desfecho, ainda não. A tal história do coração que nunca deu sinal de nada de errado e que, quando dá, não tem mais jeito.
Disso, eu tenho medo... foi assim que perdi meu avô, sem tempo nem pra me despedir, quando seu coração parou pra sempre, deixando-me desolada...
As meninas estão lá, tristes que dói... Acho que o medo do meu menino, no meio da noite, vai aumentar, com essa notícia.
E eu tenho que disfarçar meus medos, pra dar coragem pra essas minhas crianças seguirem o caminho sem Tia Ana por perto.
quarta-feira, 24 de março de 2010
sábado, 20 de março de 2010
A bola, o rosa e o gramado
Muitas mudanças no mundo depois que cresci...
...o rosa deixou de ser só nosso e o azul, só deles...
...meninas e meninos, cada um no seu clubinho, coisa antiga e sem graça...
Então, deixem o meu time vestir rosa em paz! Estamos na modernidade!
Ou será que só os cruzeirenses não se deram conta disso?
sábado, 13 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
Sem Glauco, sem Geraldão
Tem notícias que a gente não queria ler nunca...quando envolve violência, então, neste país onde muitos acabam impunes e famílias sofrem perdas irreparáveis, só nos resta, mais uma vez, a indignação...
Foi através do Geraldão e do Geraldinho que voltei meu olhar para os traços do Glauco, já que também dois Geraldos fazem parte da minha história...depois, acompanhei os outros personagens.
A notícia de hoje me deixou perplexa...
Reproduzo aqui a homenagem de Tiago Vasconcelos Modenesi, postado no blog Universo HQ.
Quem quiser ver outras homenagens que estão sendo postadas para o Glauco, acessem o link abaixo:
http://universohq.blogspot.com/
Nico
Valeu, Glauco, pelos Geraldos, pela diversão e pela presença no planeta Terra!
Foi através do Geraldão e do Geraldinho que voltei meu olhar para os traços do Glauco, já que também dois Geraldos fazem parte da minha história...depois, acompanhei os outros personagens.
A notícia de hoje me deixou perplexa...
Reproduzo aqui a homenagem de Tiago Vasconcelos Modenesi, postado no blog Universo HQ.
"Passei minha adolescência lendo as revistas Chiclete com Banana e Circo, ambas me introduziram no mundo do quadrinho nacional e geraram muitos derivados, entre elas a revista Geraldão, de Glauco.
De um humor marcante, com piadas certeiras e desenho simples e ágil, que muito me lembrava o do Henfil, Glauco agradava adultos com suas piadas e chegou até a agradar crianças,com o Geraldinho, que publicou na Folha de S.Paulo.
Para as artes, perder Glauco é perder um dos mais originais expoentes do humor da década de 80 no Brasil, é perder um dos "Los 3 Amigos", que marcaram tantos e tantos de nós que vão nos seus 30 e poucos anos.
Perder Glauco para a violência nos dá a sensação de impotência e indignação.
Escrevo estas palavras tentando prestar uma homenagem justa a alguém que foi importante na minha juventude, embora ele não soubesse, alguém que, junto com Laerte e Angeli, me fez rir muito.
Escrevo essas palavras com a sensação de querer chorar, com a sensação de perder alguém que passou pela minha vida em momentos bem mais simples, me deu alegria e momentos que não consigo descrever aqui.
Queria poder dizer mais, queria ter a forma de ajudar a evitar violências como essas, que arrebatam Glauco e seu filho da gente.
Fica minha indignação e meu respeito.
Glauco, você nunca será esquecido.
Obrigado."
De um humor marcante, com piadas certeiras e desenho simples e ágil, que muito me lembrava o do Henfil, Glauco agradava adultos com suas piadas e chegou até a agradar crianças,com o Geraldinho, que publicou na Folha de S.Paulo.
Para as artes, perder Glauco é perder um dos mais originais expoentes do humor da década de 80 no Brasil, é perder um dos "Los 3 Amigos", que marcaram tantos e tantos de nós que vão nos seus 30 e poucos anos.
Perder Glauco para a violência nos dá a sensação de impotência e indignação.
Escrevo estas palavras tentando prestar uma homenagem justa a alguém que foi importante na minha juventude, embora ele não soubesse, alguém que, junto com Laerte e Angeli, me fez rir muito.
Escrevo essas palavras com a sensação de querer chorar, com a sensação de perder alguém que passou pela minha vida em momentos bem mais simples, me deu alegria e momentos que não consigo descrever aqui.
Queria poder dizer mais, queria ter a forma de ajudar a evitar violências como essas, que arrebatam Glauco e seu filho da gente.
Fica minha indignação e meu respeito.
Glauco, você nunca será esquecido.
Obrigado."
Quem quiser ver outras homenagens que estão sendo postadas para o Glauco, acessem o link abaixo:
http://universohq.blogspot.com/
Nico
Valeu, Glauco, pelos Geraldos, pela diversão e pela presença no planeta Terra!
segunda-feira, 8 de março de 2010
sábado, 6 de março de 2010
Lembranças
Sem nada pra fazer, por puro acaso pouso em frente a HBO.
..."I am Sam"...
...um homem, com comprometimento psíquico, (Sean Penn, maravilhoso no papel, como sempre) tendo que provar ser capaz de criar sua filha de 7 anos...ela passa com a futura mãe, prestes a adotá-la, por entre flores e árvores, indo pra escola. Um pássaro rosa, de origami, cai em sua frente. Ela entende o recado do pai...procura-o com o olhar por entre os galhos da árvore, enorme...não consegue vê-lo...ele está lá, no alto, vendo a filha passar...
Ouço a canção da cena. Lembranças invadem meu quarto: minha avó, com seu pássaro preto no ombro, que saía da gaiola, ali pousava e ali permanecia. Nunca entendi porque ele não ia embora...
Senti saudades. Vó Rosa e aquela casa...e seu pássaro preto que viveu ali por muitos anos.
Um instante em que o quarto virou a casa da Pampulha, onde eu amava estar...e eu permaneci em silêncio, ouvindo a delicadeza da canção...
(...pro Zepa, que adora essa canção dos Beatles, e costumava tocá-la pra mim...)
..."I am Sam"...
...um homem, com comprometimento psíquico, (Sean Penn, maravilhoso no papel, como sempre) tendo que provar ser capaz de criar sua filha de 7 anos...ela passa com a futura mãe, prestes a adotá-la, por entre flores e árvores, indo pra escola. Um pássaro rosa, de origami, cai em sua frente. Ela entende o recado do pai...procura-o com o olhar por entre os galhos da árvore, enorme...não consegue vê-lo...ele está lá, no alto, vendo a filha passar...
Ouço a canção da cena. Lembranças invadem meu quarto: minha avó, com seu pássaro preto no ombro, que saía da gaiola, ali pousava e ali permanecia. Nunca entendi porque ele não ia embora...
Senti saudades. Vó Rosa e aquela casa...e seu pássaro preto que viveu ali por muitos anos.
Um instante em que o quarto virou a casa da Pampulha, onde eu amava estar...e eu permaneci em silêncio, ouvindo a delicadeza da canção...
(...pro Zepa, que adora essa canção dos Beatles, e costumava tocá-la pra mim...)
sexta-feira, 5 de março de 2010
Eu, a brisa e o coração entristecido
Acabei de saber que Johnny Alf nos deixou, na tarde de ontem...fiquei aqui, com o coração entristecido... Cresci adorando ouvir suas canções.
"E, depois que a tarde
nos trouxesse a lua,
Se o amor chegasse
eu não resistiria
E a madrugada acalentaria
a nossa paz..."
A gente que gosta desse pedaço da vida, que vem em notas musicais, sente mesmo essas partidas.
Ainda bem que a voz que fica, fica pra eternidade.
"E, depois que a tarde
nos trouxesse a lua,
Se o amor chegasse
eu não resistiria
E a madrugada acalentaria
a nossa paz..."
A gente que gosta desse pedaço da vida, que vem em notas musicais, sente mesmo essas partidas.
Ainda bem que a voz que fica, fica pra eternidade.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Águas de Março
Vamos combinar que março sem Elis, trazendo Tom, não tem a menor graça...a gente repete, repete, mas gosta de ouvir de novo...
Então, já que combinamos:
...três dias de março, três dias de chuva...
...alagamento hoje no Campus Pampulha. Primeiro dia de aula do doutorado. Estive lá, não vi.
Mas o rio na Avenida Antônio Carlos, eu vi. Voltei pequenininha dentro do carro, depois de atravessar o rio, torcendo pra chegar logo em casa, que nessas horas é sempre onde quero estar. Nem vontade de levar o filho pra aula eu tive. Vontade de dizer: "hoje pode ficar em casa brincando o dia todo...nesse temporal a gente não vai sair"...vontade...mas tive que me render ao que nos ensinam que é correto...nem abrir a asa em dia de tempestade a gente pode. Tem que levar pro mundo mesmo. Então, saímos os dois, cada um pra sua lida.
...no meio da tarde consegui uma mesa de café com a Rita.
...mesmo com as águas, deu pra fazer planos...esse ano a gente tem muito pra render...nós duas e a nossa música. Vamos sair por aí de novo...canções nos esperam...os outros meses também.
...mas como estamos em março, a gente tem mais é que olhar a Elis de cara pra gente e, de tão perto, pensar que ela está aqui, na nossa sala...e deixar esse riso nos contagiar. Assim, não tem chuva que nos atrapalhe de ser feliz!
Então, já que combinamos:
...três dias de março, três dias de chuva...
...alagamento hoje no Campus Pampulha. Primeiro dia de aula do doutorado. Estive lá, não vi.
Mas o rio na Avenida Antônio Carlos, eu vi. Voltei pequenininha dentro do carro, depois de atravessar o rio, torcendo pra chegar logo em casa, que nessas horas é sempre onde quero estar. Nem vontade de levar o filho pra aula eu tive. Vontade de dizer: "hoje pode ficar em casa brincando o dia todo...nesse temporal a gente não vai sair"...vontade...mas tive que me render ao que nos ensinam que é correto...nem abrir a asa em dia de tempestade a gente pode. Tem que levar pro mundo mesmo. Então, saímos os dois, cada um pra sua lida.
...no meio da tarde consegui uma mesa de café com a Rita.
...mesmo com as águas, deu pra fazer planos...esse ano a gente tem muito pra render...nós duas e a nossa música. Vamos sair por aí de novo...canções nos esperam...os outros meses também.
...mas como estamos em março, a gente tem mais é que olhar a Elis de cara pra gente e, de tão perto, pensar que ela está aqui, na nossa sala...e deixar esse riso nos contagiar. Assim, não tem chuva que nos atrapalhe de ser feliz!
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