domingo, 7 de fevereiro de 2010

Eu vou de bloco

Fiz as pazes com o carnaval. Não que estivéssemos brigados, na verdade, mas há muito tempo não achava muita graça em me guardar “pra quando o carnaval chegar”, como já cantou o Chico.

Já desfilei na Mangueira, já fui atrás do Trio Elétrico até a Praça Castro Alves, já fui a muitos lugares animados, mas andava, nos últimos anos, aproveitando o feriado pra viajar ou curtir a cidade em sua quietude, pois no carnaval ela vira um deserto... O ano passado, por exemplo, fiquei entre quatro paredes, confinada, escrevendo minha dissertação de mestrado! Aí foi difícil... Não dá nem pra lembrar! Quase acabei fantasiada de lunática, teclando nos ares, pela força do hábito... Estão achando exagero? Passem por isso pra vocês verem. Mas como a gente esquece rapidinho e toma gosto pela coisa, mês que vem já começo um doutorado que vai me render outros carnavais!

E enquanto aguardo o início das aulas, acabei seduzida pela brilhante idéia de alguns Borges em homenagear a vaquinha do Santo Antônio, transformando a idéia no bloco “Mamá na Vaca”, que desfilou ontem pelas ruas do bairro.

Foi um desfile e tanto, no tamanho certo pra que ninguém se espremesse, pra que as crianças pudessem brincar, pra que a gente se transformasse nos mais animados foliões, lembrando um passado de marchinhas, de carnaval de rua, de confete e serpentina a cair entre as pessoas que desciam, felizes, a Rua Leopoldina...

Terminei a noite decidida a torcer pela idéia de resgatar os blocos da cidade, pra que a gente possa ter outros momentos como o de ontem...

E de hoje em diante, tá combinado: eu vou de bloco. Descobri que ainda cabe muito riso e muita alegria em meu coração em tempos de carnaval.

Salve o “Mamá na Vaca”!!!! Que ele tenha vindo pra ficar...

2 comentários:

  1. Oi, Ju¡

    Pois é, eu perdi a festa. Fui à Praça Cairo e ninguém havia chegado. Como tinha outro compromisso, passei pela Rua Leopoldina mais tarde e, aí, a folia já tinha acabado. Então, fico torcendo para que a turma coloque o bloco na rua em 2011.

    um beijo,

    Iêda

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  2. Ah, Ieda, que pena...sabe que até tentei descobrir seu rosto lá no meio da multidão, acredita? A gente vai ter que combinar outro encontro, então. Beijos.

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