quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Priscila, A Rainha do Espaço

Não, eu não errei o nome do filme.

Essa é mais uma história de amor em que pude presenciar, ao vivo e a cores, enquanto voava ontem de Recife para Belo Horizonte, um de seus inúmeros capítulos, pois torço pra que ela tenha vida longa...

Voltava de um lugar lindo, onde passei dias adoráveis à beira mar exercitando o meu “zenhumor” (conforme vem me ensinando minha amiga Iêda), onde nem uma virose inoportuna, que me deixou de cama por um dia, conseguiu estragar minha sensação de prazer...

Durante o vôo, logo que se iniciou o serviço de bordo, o piloto pediu a palavra e anunciou estar com um pequeno problema cuja solução necessitaria de nossa ajuda... seu colega, o co-piloto, marido da comissária Priscila que estava a serviço naquele mesmo vôo, havia se esquecido da data de aniversário de casamento dos dois, e por isso ela estava muito brava com ele...O piloto pedia que ela lhe perdoasse porque ele estava lá, na cabine, arrasado, pois o dia era exatamente aquele...Priscila estava ao lado da minha fila e só não sumiu de vergonha porque não tinha pra onde fugir, presa entre as fileiras das poltronas e o carrinho de bebidas, rodeada por nossos olhares curiosos. Após o discurso do piloto, alguns se arriscaram a pedir em côro: “Perdoa, vai, Priscila”...e quando ela se dirigiu à cabine, recebeu nossas palmas, pois naquela altura, surpreendidos pela situação inusitada, todos nós estávamos nos divertindo muito e torcendo pelo jovem casal. Afinal, quem nunca passou por isso?

Meu filho logo me perguntou: “Mãe, meu pai já se esqueceu do aniversário de vocês?”, ao que eu respondi: “Não, filho... mas sabe por quê? Quando vai se aproximando o dia eu começo a dar uns sinais pra ele se lembrar...” E é verdade...aprendi que é mais fácil assim do que me arriscar a ser esquecida. Pelo menos tem funcionado. Ele resolveu dar a dica pra Priscila, quando foi até a cabine conhecer seu marido esquecido...ao desembarcarmos ela lhe disse que vai usar o conselho daqui pra frente.

Mas o melhor foi o final da cena, surpreendente...a voz de Charles Aznavour invadiu o avião e eu, mais uma vez, me derreti, pensando que a vida sem romance não tem a menor graça.

Desembarquei feliz da vida, achando que a Priscila ganhou a noite, as estrelas e o espaço com aquela declaração pública de amor.

E eu voltei pra casa, pra minha vida e pro meu blog, mais romântica ainda... não tem jeito, qualquer história de amor já me faz pensar que a vida só vale a pena se os desencontros forem recontados com a descoberta das possibilidades, que são inúmeras. A gente só não pode desacreditar.
(da Série: "O amor de cada um", n.3)  


2 comentários:

  1. Ai, meu Deus, eu não estava preparada para esse romantismo todo. Então, me desfaço, deixo de ser a Iêda do trabalho, esqueço as preocupações e vou para longe daqui. Reconstruo a adolescente apaixonada e quero beijar meu namorado.
    Valeu, obrigada!

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  2. Pois é, Iêda...como já deu pra perceber, sou mesmo movida a amor e romance, rsrsrs...amei presenciar esta cena. Para muitos, não passou de mais um acontecimento do cotidiano. Pra mim, fechou com estrelas minhas férias, que já tinham sido ótimas! Maragogi transformou-se em Paris, com o clima que invadiu o avião com esta canção.
    Beijos. Ju.

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