.
.
.
Eu não acreditava muito... pintei de verde e amarelo meu pensamento, pra ver se o clima chegava.
Hoje vi mais gols do que esperava ver...
mesmo assim, os meninos não são como os de antes.
Mesmo assim, a diversão vai continuar...
Aquela última que morre continua existindo entre a gente.
Vou ficar, então, a esperar pela sexta...
Depois de acordar, irei de elevador ver o jogo mais perto de onde se vê o céu.
A repetir o placar, teremos dia inteiro de glória.
Esperem pelos três dias que nos separam de lá!
segunda-feira, 28 de junho de 2010
domingo, 20 de junho de 2010
Kaká e o choro de domingo
...
Haja letra pra dar conta de tanto verde e amarelo que vejo pela frente...procuro me animar também, não vou ser eu a do contra...
Durante o primeiro jogo ri tanto das bobagens jogadas fora, que hoje resolvi ficar mais quieta, tentando ouvir a narração do Bueno, o que foi literalmente impossível: a sala era um barulho só...
...mas não perdi o humor, pelo contrário, esses Borges juntos rendem uma história e tanto...taí o livro do Marcos (*) que não me deixa mentir...
Se fosse pra eleger um momento, diria que o choro do filho mais novo, indignado com a expulsão do Kaká, não deixou de causar uma cena inusitada...enquanto eu tentava convencê-lo de que não era pra tanto, e que futebol é assim mesmo, o tio Augusto tentava capturar a imagem pela lente da máquina, achando tudo meio cômico, o que aumentou mais ainda a explosão de raiva do outro...
...esses homens... porque será que desde tão pequenos, eles se importam tanto assim com futebol?
Como diz o dito: “haja coração”...e a gente só está no começo...
(*) Quase Verdade (Marcos Borges)
Haja letra pra dar conta de tanto verde e amarelo que vejo pela frente...procuro me animar também, não vou ser eu a do contra...
Durante o primeiro jogo ri tanto das bobagens jogadas fora, que hoje resolvi ficar mais quieta, tentando ouvir a narração do Bueno, o que foi literalmente impossível: a sala era um barulho só...
...mas não perdi o humor, pelo contrário, esses Borges juntos rendem uma história e tanto...taí o livro do Marcos (*) que não me deixa mentir...
Se fosse pra eleger um momento, diria que o choro do filho mais novo, indignado com a expulsão do Kaká, não deixou de causar uma cena inusitada...enquanto eu tentava convencê-lo de que não era pra tanto, e que futebol é assim mesmo, o tio Augusto tentava capturar a imagem pela lente da máquina, achando tudo meio cômico, o que aumentou mais ainda a explosão de raiva do outro...
...esses homens... porque será que desde tão pequenos, eles se importam tanto assim com futebol?
Como diz o dito: “haja coração”...e a gente só está no começo...
(*) Quase Verdade (Marcos Borges)
domingo, 13 de junho de 2010
O sempre amor...
sábado, 12 de junho de 2010
ENTREVISTA - DEAD LOVERS TWISTED HEART
...
Gente, o "Guto" é o "menino" mais velho daqui de casa...o show de lançamento do disco do DLTH arrasou, de tão bom. E o disco vale cada faixa, do início ao fim...e juro que não é palavra de "mãedrasta" coruja.
O Primaletra recomenda: leiam a entrevista abaixo...
DLTH
por Lafaiete Junior
O Dead Lovers Twisted Heart, banda ativa na cena de Belo Horizonte há uns quatro anos com sua mistura de folk, rock e música pra dançar, se prepara agora para lançar o tão aguardado primeiro disco cheio. A banda vai colocar na praça DLTH em formatos de CD e vinil. E o som do álbum que vem por aí é aquele já conhecido estilo Dead Lover de ser, só que muito mais bem trabalhado. DLTH é safado, sexy, puritano, cool, old e romântico de um jeito que talvez só o Dead Lovers Twisted Heart consiga fazer. Entre as músicas do álbum estão as já conhecidas "Mrs. Magill" e "All Things (You Gotta Do)" ao lado das novidades certeiras "Rock Hurts And Heart Beats", "Line 5102" e as belas "Pretenders" e "Isabelle".
O show de lançamento de DLTH será na próxima sexta-feira, 11 de junho, às 22 horas no Lapa Multishow, em Belo Horizonte. E um detalhe: o show vai contar com uma orquestra para interpretar algumas músicas do disco novo, além de canções antigas. Pra saber um pouco mais sobre o disco do Dead Lovers Twisted Heart, o Alto-falante conversou com o guitarrista Guto.
ALTO-FALANTE: Finalmente o primeiro disco da banda... Fale um pouco sobre o processo de produção e gravação. Algumas músicas até já rolavam em shows, né?
GUTO: Finalmente! Bem, foi um longo processo. Contando do dia em que começamos a fazer as primeiras guias até hoje já se vão 2 anos e meio! Mas esse período tão longo na verdade foi marcado por várias etapas, todas elas bem exemplares dos altos e baixos de uma banda que se mete a fazer um disco com o próprio dinheiro, com o equipamento que dá, contando com a ajuda dos amigos, de parceiros, assumindo todos os riscos desse processo. Queria ter registrado isso melhor. Ia ter sido um barato. Mas foi aquela velha história, gravamos bateria no período mais barato do estúdio (na madrugada) durante as férias, o resto todo gravamos em casa pegando todo tipo de equipamento emprestado, num esquema que tinha que desmontar estúdio quase toda semana e remontar e tal. Nisso todo tipo de mudança na vida das pessoas da banda aconteceu. Pra você ter uma ideia, o filho do nosso produtor musical tem exatamente a mesma idade do disco (risos). Bom, no final das contas o pessoal do selo Ultra Music nos ajudou a finalizar o áudio. Barral (diretor do selo) mixou, masterizamos em Nova York, Pat (baterista da banda) e Yann fizeram a arte do CD e do vinil, e agora vai!
AF: Vocês tiveram algum apoio?
G: Contamos sim com amizades, apoios morais e algumas parcerias. Apoio de lei, grana do estado e essas coisas? Não tivemos não. Nem tentamos. Foi uma opção da banda. E não vou mentir pra você, é um perrengue desgraçado essa história de produzir exclusivamente com seus recursos hoje em dia. Tem que ralar muito. Seria muito legal que as pessoas tivessem ideia disso, porque é um processo muito rico também. Faltou grana? Claro! Falta até hoje. Mas a gente fez de tudo para cobrir todos os reduzidos gastos do disco com a grana que a banda gerava com os cachês. Uma das coisas que atrasou o processo foi justamente o fato de que não podíamos parar de tocar para gravar, afinal a gente precisava dos cachês para conseguir lançar nosso disco com uma qualidade legal. No final das contas, esse nosso formato "econômico" foi bem interessante, pois conseguimos fazer um processo de gravação até agora "auto-sustentável", por assim dizer.
AF: Quem assina a produção do disco?
G: Como eu estava te dizendo, esse disco conta com a produção musical do Thiakov, o mesmo produtor do nosso EP, e na verdade, a parceira mais importante da banda. Ele é como o quinto Dead Lover. Mas o processo foi caminhando de tal forma que eu, que comecei a gravar o disco só como músico terminei por assinar a co-produção artística. Eu e Thiakov tivemos que nos desdobrar imensamente para conseguir chegar a lugares que a banda ainda não tinha chegado. Estudamos muito juntos para resolver problemas de sonoridade, timbragem e arranjos. Foi muito bom no final das contas. Aprendi muito mesmo.
AF: DLTH vai ser lançado em CD e vinil. Por que escolheram esses dois formatos?
G: Bom, o nosso EP anterior foi disponibilizado para download na internet, mas nós resolvemos finalizar a carreira dele com a prensa em vinil, que saiu no início do ano passado pelo selo Vinyl Land. Foi um convite do Luiz, diretor do selo, e aceitamos pelo prazer de se lançar um compacto nos dias de hoje. Escutando o disco ficamos surpresos como a sonoridade era muito fiel ao nosso projeto sonoro para a banda. Além disso, através do Luiz fomos descobrindo o imenso lastro de colecionadores, de festas e circulação do formato, assim como o interesse enorme que existe hoje pelo que se entende como uma "volta" do vinil. O nosso EP em vinil foi lançado e esgotou com uma rapidez assustadora, foi comentado até não poder mais, demos várias entrevistas falando do assunto. Então terminamos por nos "engajarmos" nessa história do vinil por motivos estéticos e ao mesmo tempo por acreditar que o vinil é um formato que cobre uma lacuna muito importante na produção e consumo da música hoje em dia e que diz respeito justamente aos novos caráteres físicos dela. Além do som ser muito específico - para nós ser esteticamente valioso - o vinil é um objeto lindo, tem muita memória cultural no meio. As pessoas compram às vezes sem ter vitrola. Escutam o MP3. Mas querem ter um novo (velho) objeto para a música.
AF: O que mudou na banda do primeiro EP pra esse álbum cheio?
G: A banda amadureceu muito. E isso para nós significou até agora diversificar-se ainda mais. O som está ainda mais plural, eu acho. A banda, por sua vez, está mais segura dos arranjos, eles por sua vez estão mais claros, mais detalhados. A participação da banda acompanhando mais de perto o processo de produção do disco deu a ele uma cara mais fiel às apresentações ao vivo. O áudio está bem tratado. Mas o mais importante, o disco fecha um conceito específico deste momento da banda, daqui pra frente devemos ir caminhando para outros lados também.
AF: Você consegue definir o Dead Lovers? Não só a música, mas a banda como um todo?
G: Alguns amigos mais próximos costumam gritar durante o show uma brincadeira interna nossa que é chamar a banda de "Dead Lover is Tudo Errado", que é uma brincadeira com a sonoridade em inglês do nome da banda. É uma boa definição. Somos meio errados (risos). Costumo dizer que somos uma banda "sem caráter", como o macunaíma, temos qualquer cara, desde que seja boa (risos).
AF: O disco deu uma "vazadinha de leve", né? (risos). Como está a resposta dele até agora?
G: Esta sendo excelente! Só elogios (risos). Essa vazadinha eu vou explicar. A gente mandou intencionalmente o disco para as pessoas que de alguma forma participaram do processo. Amigos de estrada, o pessoal que emprestou equipamento, pessoal da crítica que já nos conhece. Aí ele deu uma circuladinha bem restrita. Mas aí eu fico vendo no twitter que o disco começa a ir se espalhando, cada vez mais gente vai escutando. Tem gente indócil querendo o disco já. De qualquer forma já já sai pra todo mundo. Quem quiser escutar em primeira mão já estamos colocando o disco para audição online (www.myspace/thedeadloverstwistedheart e www.soundcloud.com/dlth), mas para adquirir vai ter que ir ao lançamento.
AF: Pretendem deixar o disco pra download em algum lugar? O que pensam sobre isso?
G: Acho que estas coisas são inevitáveis. O disco acaba aparecendo para download. E banda independente tem mesmo é que fazer sua música tocar de qualquer jeito, acho isso bom. No entanto o que acontece é que as pessoas baixam tanta música hoje em dia que lançando de qualquer jeito, sem nenhum tipo arte envolvida nisso, seu som vira quase aquele junk mail que só enche o computador do cara comum, como um spam ou mais um dos 15 discos que cara baixou no dia. Muita gente já nem baixa, escuta online mesmo num esquema que parece ser gratuito, mas as pessoas se esquecem que pagamos muita grana de provedores de internet que por sua vez ganham enquanto disponibilizamos nossas músicas online. Muita gente acredita que "baixar" disco na internet é "gratuito", mas não é, né? É um jogo muito delicado. Então voltando, nós devemos colocar o disco inteiro para audição na internet, venderemos o vinil e o CD e esperamos que as pessoas espalhem o nosso som o máximo que puderem.
AF: Por que o nome dele é DLTH? Não quiseram colocar Dead Lovers Twisted Heart de uma vez?
G: Pôxa, você é jornalista, imagina que coisa insuportável escrever o nome do disco "Dead Lovers Twisted Heart da banda Dead Lovers Twisted Heart"? (risos). Mas não é isso. Escolhemos o nome do disco depois que Pat, nossa baterista, e o Yann finalizaram a arte da capa. É uma opção meio gráfica. A arte do disco é bem minimalista e fez muito sentido serem só as iniciais.
AF: Como vocês observam a cena da música independente em Belo Horizonte?
G: É engraçado, estando nesse meio aí das bandas que surgiram no final da primeira década dos anos dois mil aqui em BH há algum tempo, é possível ir vendo gente nova ir aparecendo e tornando a coisa ainda mais interessante. Não que exista uma separação entre grupos, muito pelo contrário, todo mundo está cada vez mais misturado, mas estou sacando um tanto de gente nova dando as caras na cena, fazendo um som bom pra caralho, chegando com força. Acho isso sensacional. O número de bandas só aumenta, e o mais importante: bandas muito boas. Coisa instrumental como Iconili e o Dibigode, uma onda meio ska-roque como o Fusile e o Pequena Morte, a galera mais indie do Monograma e o Hells Kitchen Project, os indecifráveis do Grupo Porco, o pessoal da musica brasileira como Urucum na Cara, o Capim Seco... é muita gente boa aí. BH deve ser uma das cenas mais diversas e interessantes do Brasil.
AF: Belo Horizonte influencia a música de vocês? Como?
G: Com certeza, o fato de todo mundo em Belo Horizonte se conhecer ajuda muito no nosso som. A gente é muito aberto a sonoridades, referências, amizades, interferências e tudo que mude nosso som. Nesse sentido, de alguma forma, o som desses grupos que eu mencionei antes são uma parte mais recente destas nossas referências mais recentes. Já tocamos, somos amigos ou tocaremos com todos eles. Isso é muito bom.
AF: Como está o lance de divulgação do trabalho? A banda já tem planos pra esse ano?
G: O plano esse ano é lançar esse disco, fazer ele circular o máximo que pudermos, para colhermos frutos dele. Estamos fechando um cronograma de lançamento por alguns lugares no Brasil. Vai ser bem interessante.
...
Mais Dead Lover's
Gente, o "Guto" é o "menino" mais velho daqui de casa...o show de lançamento do disco do DLTH arrasou, de tão bom. E o disco vale cada faixa, do início ao fim...e juro que não é palavra de "mãedrasta" coruja.
O Primaletra recomenda: leiam a entrevista abaixo...
DLTH
por Lafaiete Junior
O Dead Lovers Twisted Heart, banda ativa na cena de Belo Horizonte há uns quatro anos com sua mistura de folk, rock e música pra dançar, se prepara agora para lançar o tão aguardado primeiro disco cheio. A banda vai colocar na praça DLTH em formatos de CD e vinil. E o som do álbum que vem por aí é aquele já conhecido estilo Dead Lover de ser, só que muito mais bem trabalhado. DLTH é safado, sexy, puritano, cool, old e romântico de um jeito que talvez só o Dead Lovers Twisted Heart consiga fazer. Entre as músicas do álbum estão as já conhecidas "Mrs. Magill" e "All Things (You Gotta Do)" ao lado das novidades certeiras "Rock Hurts And Heart Beats", "Line 5102" e as belas "Pretenders" e "Isabelle".
O show de lançamento de DLTH será na próxima sexta-feira, 11 de junho, às 22 horas no Lapa Multishow, em Belo Horizonte. E um detalhe: o show vai contar com uma orquestra para interpretar algumas músicas do disco novo, além de canções antigas. Pra saber um pouco mais sobre o disco do Dead Lovers Twisted Heart, o Alto-falante conversou com o guitarrista Guto.
ALTO-FALANTE: Finalmente o primeiro disco da banda... Fale um pouco sobre o processo de produção e gravação. Algumas músicas até já rolavam em shows, né?
GUTO: Finalmente! Bem, foi um longo processo. Contando do dia em que começamos a fazer as primeiras guias até hoje já se vão 2 anos e meio! Mas esse período tão longo na verdade foi marcado por várias etapas, todas elas bem exemplares dos altos e baixos de uma banda que se mete a fazer um disco com o próprio dinheiro, com o equipamento que dá, contando com a ajuda dos amigos, de parceiros, assumindo todos os riscos desse processo. Queria ter registrado isso melhor. Ia ter sido um barato. Mas foi aquela velha história, gravamos bateria no período mais barato do estúdio (na madrugada) durante as férias, o resto todo gravamos em casa pegando todo tipo de equipamento emprestado, num esquema que tinha que desmontar estúdio quase toda semana e remontar e tal. Nisso todo tipo de mudança na vida das pessoas da banda aconteceu. Pra você ter uma ideia, o filho do nosso produtor musical tem exatamente a mesma idade do disco (risos). Bom, no final das contas o pessoal do selo Ultra Music nos ajudou a finalizar o áudio. Barral (diretor do selo) mixou, masterizamos em Nova York, Pat (baterista da banda) e Yann fizeram a arte do CD e do vinil, e agora vai!
AF: Vocês tiveram algum apoio?
G: Contamos sim com amizades, apoios morais e algumas parcerias. Apoio de lei, grana do estado e essas coisas? Não tivemos não. Nem tentamos. Foi uma opção da banda. E não vou mentir pra você, é um perrengue desgraçado essa história de produzir exclusivamente com seus recursos hoje em dia. Tem que ralar muito. Seria muito legal que as pessoas tivessem ideia disso, porque é um processo muito rico também. Faltou grana? Claro! Falta até hoje. Mas a gente fez de tudo para cobrir todos os reduzidos gastos do disco com a grana que a banda gerava com os cachês. Uma das coisas que atrasou o processo foi justamente o fato de que não podíamos parar de tocar para gravar, afinal a gente precisava dos cachês para conseguir lançar nosso disco com uma qualidade legal. No final das contas, esse nosso formato "econômico" foi bem interessante, pois conseguimos fazer um processo de gravação até agora "auto-sustentável", por assim dizer.
AF: Quem assina a produção do disco?
G: Como eu estava te dizendo, esse disco conta com a produção musical do Thiakov, o mesmo produtor do nosso EP, e na verdade, a parceira mais importante da banda. Ele é como o quinto Dead Lover. Mas o processo foi caminhando de tal forma que eu, que comecei a gravar o disco só como músico terminei por assinar a co-produção artística. Eu e Thiakov tivemos que nos desdobrar imensamente para conseguir chegar a lugares que a banda ainda não tinha chegado. Estudamos muito juntos para resolver problemas de sonoridade, timbragem e arranjos. Foi muito bom no final das contas. Aprendi muito mesmo.
AF: DLTH vai ser lançado em CD e vinil. Por que escolheram esses dois formatos?
G: Bom, o nosso EP anterior foi disponibilizado para download na internet, mas nós resolvemos finalizar a carreira dele com a prensa em vinil, que saiu no início do ano passado pelo selo Vinyl Land. Foi um convite do Luiz, diretor do selo, e aceitamos pelo prazer de se lançar um compacto nos dias de hoje. Escutando o disco ficamos surpresos como a sonoridade era muito fiel ao nosso projeto sonoro para a banda. Além disso, através do Luiz fomos descobrindo o imenso lastro de colecionadores, de festas e circulação do formato, assim como o interesse enorme que existe hoje pelo que se entende como uma "volta" do vinil. O nosso EP em vinil foi lançado e esgotou com uma rapidez assustadora, foi comentado até não poder mais, demos várias entrevistas falando do assunto. Então terminamos por nos "engajarmos" nessa história do vinil por motivos estéticos e ao mesmo tempo por acreditar que o vinil é um formato que cobre uma lacuna muito importante na produção e consumo da música hoje em dia e que diz respeito justamente aos novos caráteres físicos dela. Além do som ser muito específico - para nós ser esteticamente valioso - o vinil é um objeto lindo, tem muita memória cultural no meio. As pessoas compram às vezes sem ter vitrola. Escutam o MP3. Mas querem ter um novo (velho) objeto para a música.
AF: O que mudou na banda do primeiro EP pra esse álbum cheio?
G: A banda amadureceu muito. E isso para nós significou até agora diversificar-se ainda mais. O som está ainda mais plural, eu acho. A banda, por sua vez, está mais segura dos arranjos, eles por sua vez estão mais claros, mais detalhados. A participação da banda acompanhando mais de perto o processo de produção do disco deu a ele uma cara mais fiel às apresentações ao vivo. O áudio está bem tratado. Mas o mais importante, o disco fecha um conceito específico deste momento da banda, daqui pra frente devemos ir caminhando para outros lados também.
AF: Você consegue definir o Dead Lovers? Não só a música, mas a banda como um todo?
G: Alguns amigos mais próximos costumam gritar durante o show uma brincadeira interna nossa que é chamar a banda de "Dead Lover is Tudo Errado", que é uma brincadeira com a sonoridade em inglês do nome da banda. É uma boa definição. Somos meio errados (risos). Costumo dizer que somos uma banda "sem caráter", como o macunaíma, temos qualquer cara, desde que seja boa (risos).
AF: O disco deu uma "vazadinha de leve", né? (risos). Como está a resposta dele até agora?
G: Esta sendo excelente! Só elogios (risos). Essa vazadinha eu vou explicar. A gente mandou intencionalmente o disco para as pessoas que de alguma forma participaram do processo. Amigos de estrada, o pessoal que emprestou equipamento, pessoal da crítica que já nos conhece. Aí ele deu uma circuladinha bem restrita. Mas aí eu fico vendo no twitter que o disco começa a ir se espalhando, cada vez mais gente vai escutando. Tem gente indócil querendo o disco já. De qualquer forma já já sai pra todo mundo. Quem quiser escutar em primeira mão já estamos colocando o disco para audição online (www.myspace/thedeadloverstwistedheart e www.soundcloud.com/dlth), mas para adquirir vai ter que ir ao lançamento.
AF: Pretendem deixar o disco pra download em algum lugar? O que pensam sobre isso?
G: Acho que estas coisas são inevitáveis. O disco acaba aparecendo para download. E banda independente tem mesmo é que fazer sua música tocar de qualquer jeito, acho isso bom. No entanto o que acontece é que as pessoas baixam tanta música hoje em dia que lançando de qualquer jeito, sem nenhum tipo arte envolvida nisso, seu som vira quase aquele junk mail que só enche o computador do cara comum, como um spam ou mais um dos 15 discos que cara baixou no dia. Muita gente já nem baixa, escuta online mesmo num esquema que parece ser gratuito, mas as pessoas se esquecem que pagamos muita grana de provedores de internet que por sua vez ganham enquanto disponibilizamos nossas músicas online. Muita gente acredita que "baixar" disco na internet é "gratuito", mas não é, né? É um jogo muito delicado. Então voltando, nós devemos colocar o disco inteiro para audição na internet, venderemos o vinil e o CD e esperamos que as pessoas espalhem o nosso som o máximo que puderem.
AF: Por que o nome dele é DLTH? Não quiseram colocar Dead Lovers Twisted Heart de uma vez?
G: Pôxa, você é jornalista, imagina que coisa insuportável escrever o nome do disco "Dead Lovers Twisted Heart da banda Dead Lovers Twisted Heart"? (risos). Mas não é isso. Escolhemos o nome do disco depois que Pat, nossa baterista, e o Yann finalizaram a arte da capa. É uma opção meio gráfica. A arte do disco é bem minimalista e fez muito sentido serem só as iniciais.
AF: Como vocês observam a cena da música independente em Belo Horizonte?
G: É engraçado, estando nesse meio aí das bandas que surgiram no final da primeira década dos anos dois mil aqui em BH há algum tempo, é possível ir vendo gente nova ir aparecendo e tornando a coisa ainda mais interessante. Não que exista uma separação entre grupos, muito pelo contrário, todo mundo está cada vez mais misturado, mas estou sacando um tanto de gente nova dando as caras na cena, fazendo um som bom pra caralho, chegando com força. Acho isso sensacional. O número de bandas só aumenta, e o mais importante: bandas muito boas. Coisa instrumental como Iconili e o Dibigode, uma onda meio ska-roque como o Fusile e o Pequena Morte, a galera mais indie do Monograma e o Hells Kitchen Project, os indecifráveis do Grupo Porco, o pessoal da musica brasileira como Urucum na Cara, o Capim Seco... é muita gente boa aí. BH deve ser uma das cenas mais diversas e interessantes do Brasil.
AF: Belo Horizonte influencia a música de vocês? Como?
G: Com certeza, o fato de todo mundo em Belo Horizonte se conhecer ajuda muito no nosso som. A gente é muito aberto a sonoridades, referências, amizades, interferências e tudo que mude nosso som. Nesse sentido, de alguma forma, o som desses grupos que eu mencionei antes são uma parte mais recente destas nossas referências mais recentes. Já tocamos, somos amigos ou tocaremos com todos eles. Isso é muito bom.
AF: Como está o lance de divulgação do trabalho? A banda já tem planos pra esse ano?
G: O plano esse ano é lançar esse disco, fazer ele circular o máximo que pudermos, para colhermos frutos dele. Estamos fechando um cronograma de lançamento por alguns lugares no Brasil. Vai ser bem interessante.
...
Mais Dead Lover's
domingo, 6 de junho de 2010
Dead Lover's Twisted Heart
Dead Lover's Twisted Heart promove lançamento de novo vinil
Não deixem de ir...
"Já classificados de "Folk Turbinado" pela revista Rolling Stone e eleitos uma das revelações da cena independente, os três rapazes e a baterista do Dead Lover's Twisted Heart ganharam em muito pouco tempo os corações do rock independente dentro e fora de Minas Gerais.
Contando inicialmente apenas com a internet como meio de divulgação de seu trabalho, a banda decidiu no ano de 2008 sair do espaço virtual e lançar suas músicas, apostando no vinil como formato. Agora, prestes a fazer mais um lançamento, a banda se juntou tanto ao já parceiro de outras datas Vinyl Land, quanto ao selo belorizontino Ultra Music para fazer seu novo álbum, dessa vez completo, com 12 faixas inéditas.
Disco - "DLTH" é o resultado desses três anos de carreira e mostra o material que eles já vêm tocando pelo Brasil afora. Adeptos do “do it yourself” do punk, assim como do novo movimento da música independente, a banda se enfurnou em casa com os equipamentos que tinha e produziu tudo, das musicas e arranjos à capa, finalizando depois no estúdio Ultra. E o que se encontra ao longo das 12 faixas que compõem esse disco é uma miscelânea de estilos e influências que vão de Beatles a Eagles of death metal, de Leadbelly a Michael Jackson... tudo isso sem perder o fio condutor da originalidade, do bom humor e da energia.
Festa - O lançamento deste esperado álbum será no dia 11 de Junho, às 22h no Lapa Multishow, em Belo Horizonte. Além da possibilidade de comprar o álbum a preços promocionais no dia, quem for ao evento vai se divertir em uma grande festa, que contará com as participações especiais dos DJ’s Luiz PF, Deivid, Fael e JJBZ, todos discotecando apenas vinis. Nesta festa especial de lançamento, os Dead Lover’s juntaram uma orquestra para tocar algumas de suas músicas, interpretando canções do novo álbum, criando novos arranjos e tocando seus velhos “clássicos”."
Festa de lançamento do disco "DLTH" - Dead Lover’s Twisted Heart
Local: Lapa Multishow - Belo Horizonte
Data: Sexta - 11 de junho - 22h
Ingressos: 1° lote – R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia) | 2° lote – R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Mais informações: http://www.myspace.com/thedeadloverstwistedheart
(by: www.coquetelmolotov.com.br/pt/noticias)
Não deixem de ir...
"Já classificados de "Folk Turbinado" pela revista Rolling Stone e eleitos uma das revelações da cena independente, os três rapazes e a baterista do Dead Lover's Twisted Heart ganharam em muito pouco tempo os corações do rock independente dentro e fora de Minas Gerais.
Contando inicialmente apenas com a internet como meio de divulgação de seu trabalho, a banda decidiu no ano de 2008 sair do espaço virtual e lançar suas músicas, apostando no vinil como formato. Agora, prestes a fazer mais um lançamento, a banda se juntou tanto ao já parceiro de outras datas Vinyl Land, quanto ao selo belorizontino Ultra Music para fazer seu novo álbum, dessa vez completo, com 12 faixas inéditas.
Disco - "DLTH" é o resultado desses três anos de carreira e mostra o material que eles já vêm tocando pelo Brasil afora. Adeptos do “do it yourself” do punk, assim como do novo movimento da música independente, a banda se enfurnou em casa com os equipamentos que tinha e produziu tudo, das musicas e arranjos à capa, finalizando depois no estúdio Ultra. E o que se encontra ao longo das 12 faixas que compõem esse disco é uma miscelânea de estilos e influências que vão de Beatles a Eagles of death metal, de Leadbelly a Michael Jackson... tudo isso sem perder o fio condutor da originalidade, do bom humor e da energia.
Festa - O lançamento deste esperado álbum será no dia 11 de Junho, às 22h no Lapa Multishow, em Belo Horizonte. Além da possibilidade de comprar o álbum a preços promocionais no dia, quem for ao evento vai se divertir em uma grande festa, que contará com as participações especiais dos DJ’s Luiz PF, Deivid, Fael e JJBZ, todos discotecando apenas vinis. Nesta festa especial de lançamento, os Dead Lover’s juntaram uma orquestra para tocar algumas de suas músicas, interpretando canções do novo álbum, criando novos arranjos e tocando seus velhos “clássicos”."
Festa de lançamento do disco "DLTH" - Dead Lover’s Twisted Heart
Local: Lapa Multishow - Belo Horizonte
Data: Sexta - 11 de junho - 22h
Ingressos: 1° lote – R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia) | 2° lote – R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Mais informações: http://www.myspace.com/thedeadloverstwistedheart
(by: www.coquetelmolotov.com.br/pt/noticias)
sexta-feira, 4 de junho de 2010
As coisas bem vindas
.
.
.
As coisas bem vindas têm formas particulares, para cada um de nós. Reconhecê-las e saber recebê-las torna-se uma conquista importante a se realizar, sempre.
Gosto de receber junho. Com ele, as coisas se tornam mais lindas onde está o amor, para muitos desse planeta.
Frio, vinho e as nossas coisas ... Nando Reis escreveu sobre isso e Cássia Eller cantou, lindamente, essa canção, pra gente não se esquecer de que é preciso saber se reconhecer nas coisas tão mais lindas que trazem a cara do nosso desejo nesse mundo!
.
.
As coisas bem vindas têm formas particulares, para cada um de nós. Reconhecê-las e saber recebê-las torna-se uma conquista importante a se realizar, sempre.
Gosto de receber junho. Com ele, as coisas se tornam mais lindas onde está o amor, para muitos desse planeta.
Frio, vinho e as nossas coisas ... Nando Reis escreveu sobre isso e Cássia Eller cantou, lindamente, essa canção, pra gente não se esquecer de que é preciso saber se reconhecer nas coisas tão mais lindas que trazem a cara do nosso desejo nesse mundo!
Assinar:
Postagens (Atom)