segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Poucas palavras

Na semana que vem conto porque poucas palavras até lá...

Fiquem com Cássia Eller.

Volto logo.

sábado, 21 de novembro de 2009

Com alma de Madredeus

Cheguei agora do primeiro encontro de fim de ano dos muitos que o sucederão nos próximos dias, até chegarmos ao dia 31 de dezembro.

Tempo engraçado esse. Repetimos, por anos, a mesma rotina: encerramento de cursos, confraternizações entre amigos, afetos embrulhados em presentes, desafetos que disfarçam o constrangimento nos abraços de dezembro, enfim, jeito de terminar o ano na esperança de dias melhores que chegarão em janeiro e durarão todo o ano seguinte. Às vezes os dias que se encerram foram os melhores... mas a mania de querer sempre algo a mais trai a memória e lá estamos a fantasiar a vinda do futuro.

Pensando sobre isso, estou aqui a escrever com alma de Madredeus. A voz de Tereza Salgueiro soa aos meus ouvidos como presente de fim de ano. Meu desejo é o de celebrar os dias de 2009 como aqueles que me trouxeram muitas surpresas, amigos, alunos, alegrias, algumas tristezas e perdas inesperadas, proximidades com quem já vivia perto de mim e eu não percebia, incursões na vida gastronômica da cidade, tantas descobertas que me deixaram feliz, que só posso dizer do meu prazer pelo ano que começa a se despedir da gente.

“Haja o que houver...”, quero dizer aos amigos “que eu estou aqui”, pronta para 2010 e para estar ao lado de quem quiser contar comigo em seus dias.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ei, prestem atenção neste assunto

Resolvi hoje fazer campanha.

Não se preocupem, não vou me candidatar a nenhum cargo político, não é a minha cara.

Os amigos sabem de meus últimos trabalhos e sabem o quanto me envolvi com o tema da Aids.

Mulheres e crianças vivendo com HIV/Aids foi tema do meu mestrado e nesse estudo pude avaliar questões psíquicas presentes nesse contexto, uma vez que a feminização da epidemia tornou-se realidade e atingiu a infância.

As mulheres que aparecem no vídeo abaixo falam de histórias muito semelhantes com as das mães que entrevistei.

Elas têm o nosso rosto. Como nós, vivem, amam e querem alegria em suas vidas.

Só quero pedir a vocês que pensem mais um pouco sobre isso.

Protejam-se...

...do vírus...não do prazer...nem do amor.

Podemos mudar o rumo dessa história.

domingo, 15 de novembro de 2009

Quero ouvir o Simonal

Sou fã, com força, do Simonal, do Simoninha e do Max de Castro!

Acho que meus pais deviam adorar o Simonal, pois me lembro de ouvir sua voz pela casa desde muito cedo. Recentemente, vendo o filme sobre sua história, espantei-me com a idade que eu tinha na ocasião - nova demais pra ter gravado suas músicas no coração. Mas foi exatamente o que aconteceu. Adoro ouví-lo e acho seus filhos tudo de bom. Ainda bem que ele deixou essa herança, especialíssima.

E ainda bem que hoje podemos resgatar pérolas pelas ondas da web.

"Aquilo que herdaste de teus pais conquista-o para fazê-lo teu" (Goethe, Fausto, Parte I, Cena I)

Deixo aqui as versões pai e filho de "Tributo a Martin Luther King": "Com uma canção também se luta irmão"!

Divirtam-se. Bom domingo.






sábado, 14 de novembro de 2009

Minha teimosia

Assim a vida me conquistou, pela arte... Por isso vivo mergulhada nela, em todas as suas expressões.

Nada melhor do que o gosto da conquista. Meu pai, em tempos de adolescência, costumava dizer que quando eu colocava alguma coisa na cabeça, era difícil tirar. E que eu ficava batendo na mesma tecla até conseguir.

Minha teimosia foi conquistando a vida. Ainda bem. Senão, não teria coragem pra escrever coisas do fundo de um baú tão particular e deixar aqui, às vistas.

Nada melhor do que uma noite de sexta entre sushis e amigos, como a de hoje...

Nada melhor do que uma teimosia pra me desenhar... De vez em quando... Muitas vezes é preciso ceder.

Assim fico feliz, ao som de Ben Jor...teimando em descobrir estrelas nos olhos de quem encontro!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Saudade singular

"A saudade não é verbo
que se possa conjugar
sei que é substantivo
feminino singular
quase um verbo irregular!"
Hermínio Bello de Carvalho

Já ouviram Martinália cantando essa música? É simplesmente uma delícia. Infelizmente não encontrei nenhuma versão pra deixar aqui.

Saudade, pra mim, vem e perturba os sentidos até a gente conseguir fazer passar, o que às vezes é impossível.

Estou querendo rever pessoas que foram viver longe de mim.

Pra elas, escrevo hoje:

Minha amiga Carmel, que acabei de encontrar no skype...me faz uma falta e tanto.

Júnia, Laura e Letícia, que só aparecem de vez em quando e me deixam com meia saudade resolvida. A outra metade fica aqui, só esperando outras vindas.

Fernanda, que quando volta das terras alemãs, em férias, deixa meus dias perfeitos.

Zeppa, que aqui deu o ar da graça recentemente.

Carla, que trocou nosso japa por um ramo de alecrim.

Mauri, me enrolando com a mania de aparecer e sumir com a mesma velocidade.

Um desses meus amigos queridos continua perdido no Ceará, contrariando minhas recomendações de que viver em Minas melhora os batimentos do coração. Vamos ver até quando ele vai continuar insistindo. Pelo jeito, só indo à Jericoacoara para revê-lo.

Eu quero ir, minha gente...trocar idéias...ouvir risadas.

Dêem um jeito de aparecer por aqui...Estou mesmo com saudade.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Mudando de rota

Verdade que decidi criar esse blog pra soltar as letras guardadas no meu baú. Mas quando comecei a escrever os textos, percebi que nem sempre é fácil estar inspirada. Combinei com as letras de tentar misturá-las pelo menos uma vez por semana. Tenho ido quase nesse ritmo, às vezes com menos espaço, às vezes com mais. Mas comecei a sentir vontade de entrar aqui e de repente deixar só uma frase ou uma música ou apenas uma presença de alguma coisa que eu não queria que se perdesse por aí. Afinal, eu continuo marcando presença diária no blog do Augusto com o maior prazer, já que lá eu passo diariamente, por que não aqui também?

Decidi então mudar de rota... Ir em direção aos meus afetos, que não são poucos, pois uma leonina legítima se deixa guiar pelo coração em tudo o que faz... Tudo bem que às vezes exagera. Já viram um ser mais passional do que alguém do signo de Leão e ainda por cima do sexo feminino? Nossa! Não deve ser muito fácil ficar perto de mim em tempos de exagero!

Por isso os vôos poderão ser diferentes daqui por diante. Não vou abandonar meus textos, claro. Afinal, foi pra manter o exercício da escrita que vim parar aqui. Mas se vocês encontrarem pela frente um pedaço de letra perdida por aí, sem muita lógica, pensem que por algum motivo ela foi deixada aqui.

É isso. Ando muito interessada pela vida e por tudo o que rouba meus sentidos. Lembrando Walter Franco: “Eu quero que esse afeto saia..."

Deixo pra vocês uma interpretação genial dessa canção, com a Patrícia Ahmaral.

Perceberam? Posso até mudar de rota, mas não mudo a paixão pela música...

sábado, 7 de novembro de 2009

Pra você, o que não tem preço?

Escrevo hoje embalada pelas lembranças da infância, entre as paredes do Grande Hotel de Araxá, um dos meus lugares preferidos para reencontrar dias de prazer que nunca deixarão minhas memórias.

Adoro este lugar. Tudo aqui me faz voltar ao passado, desde a arquitetura do hotel à nostalgia que me invade e me traz cenas deliciosas das inúmeras férias passadas aqui, com meus irmãos.

Enquanto escrevo, escuto as risadas de um grupo de amigos, precisamente conselheiros do CRM, que em volta da piscina contam casos e piadas e se transformam em verdadeiros meninos, sem censura com as palavras e besteiras jogadas ao vento. Tiram fotos uns dos outros, revelam segredos e se divertem sem a menor vergonha de voltarem ao tempo das calças curtas. Como diz aquela propaganda que nunca mais vai sair do nosso pensamento, em momentos assim: “isso não tem preço”.

Assim como não tem preço se lembrar de alguma coisa que um dia nos deixou mais feliz. Talvez por isso, hoje acordei com a primeira música do Paul McCartney que me lembro de ter escutado, ecoando em sons imaginários. Minha prima, alguns anos mais velha que eu, apareceu lá em casa com um compacto com a tal música e o colocou pra tocar inúmeras vezes, como se fosse pra eternizá-la. Conseguiu. Nunca mais me esqueci da música nem daquele fim de semana. Não deu outra – em tempos de reencontros, ela reapareceu aos meus ouvidos.

Isso não deve interessar a ninguém, penso eu. Mas ao meu coração interessa. Ele passa a bater mais feliz. E assim acontece com todo mundo. Então, por que não registrar o momento entre as minhas letras? E vale ouvir a canção. Afinal de contas, os Beatles marcaram presença na vida de muita gente que circula por aí. Ou estou enganada?